Do Blog do Luis Cardoso
A postagem que o amigo leitor acompanhará agora vai mostrar que no
Maranhão as práticas não mudam nunca. Só mudam os atores, mas as cenas
são as mesmas e sem nenhuma adaptação. Uma putaria, para ser mais exato.
A
Força Estadual de Transparência e Controle do Maranhão -STC- concluiu
que a Construtora Irês Engenharia Comércio e Representações Ltda, fez
parte de desvio de recursos de obra de um hospital nunca construído em
Rosário.
Se aprofundando mais nas investigações, observaram que R$
4,8 milhões foram pagos pelo então secretário de Saúde, Ricardo Murad,
para a empresa de João Luciano Luna Coelho, a Irês. O que era para
iniciar uma obra com 50 leitos, teriam sido gastos com serviços de
terraplanagem.
Mas, no bojo das investigações, foram encontrados
no local apenas um terreno vazio com a placa de identificação, tapumes e
muito mato. Outra surpresa viria a seguir: a construtora doou R$ 100
mil para a campanha eleitoral de Andréa Murad e mais R$ 100 mil para a
de Souza Neto também, ambos deputados estaduais.
Então, foi a
forma que o governador Flávio Dino tinha para atingir seus dois maiores
adversários na Assembleia Legislativa. E a Seccor pediu ao Tribunal de
Justiça autorização para investigar os dois parlamentares. Esqueceram
apenas que só a Procuradoria Geral de Justiça tem poderes para liberar
ou não a investigação por causa do foro privilegiado. Até aqui tudo bem,
tudo bacana, apesar do erro dos policiais.
Enquanto o Palácio dos
Leões imaginava investigar os deputados, a mesma Irês Engenharia firma e
adita contratos com o governo de Flávio Dino, mas precisamente com a
Caema, Secretarias de Saúde, Infraestrutura e Cidades, recebendo
mensalmente.
Ora, como se observa, se a Polícia de Flávio Dino
concluiu que a empresa desviou dinheiro no governo anterior, aí contrata
a mesma para fazer obra no governo atual, existe alguma coisa de
errado. A construtora mudou ou mudou o governo de Flávio Dino?
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