Governador, vice-governador e secretários de Estado durante assinatura de convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social. |
Aumentar a produção e criação de animais dos
agricultores familiares mesmo nos períodos de seca a partir de agora será
realidade em 16 municípios maranhenses. Nesta segunda-feira (22), no Palácio
dos Leões, o governador Flávio Dino assinou convênio com o Ministério do
Desenvolvimento Social para a implantação do Programa Cisternas – Segunda Água.
Com investimentos de R$ 40 milhões, a iniciativa vai beneficiar nove mil
famílias com a construção de 4.067 cisternas.
As obras começarão imediatamente e a previsão é que
até o final do ano a primeira etapa do programa, que prevê a construção de duas
mil cisternas, esteja concluída. O governador Flávio Dino destacou a capacidade
da equipe do Governo em escolher a tecnologia adequada para captar os recursos
junto ao Governo Federal, já que no passado o montante destinado a esse projeto
foi devolvido por duas vezes em decorrência da falta de ajustamento entre o
pleito e a realidade existente no Maranhão.
De acordo com o governador, os 16 municípios foram
escolhidos a partir de propostas que foram apreciadas pelo Ministério, e visam,
além da construção das cisternas, fomento para a implantação dos arranjos
produtivos com o objetivo de alcançar a plena eficácia do projeto. “Esse
programa não é isolado, ou seja, não é um ponto fora da curva, ele é a
continuidade de uma série de ações que nós temos implementado visando a
dinamizar a agricultura familiar para que ela possa de fato alcançar a estatura
que nós desejamos e precisamos. Não apenas por aspectos sociais, mas também por
aspectos econômicos”, realçou.
Flávio Dino reiterou que os programas de apoio à
agricultura familiar existentes hoje, no Maranhão, são essenciais para a
construção de um estado justo e de economia forte. “As vezes quando se fala em
agricultura familiar se fala apenas em dimensão social. Além disso, da
inclusão, da distribuição de renda, da justiça social, nós estamos falando em
uma atividade econômica que é rigorosamente fundamental para o Maranhão, para a
produção de alimentos, para as cidades, e também para que haja um mercado de
consumo de massas no nosso estado”, explicou.
Para o secretário de Estado da Agricultura Familiar,
Adelmo Soares, o Programa Segunda Água vai ajudar as famílias a continuarem
produzindo mesmo durante o período de estiagem. “De vários estados do Brasil, o
Maranhão não tinha uma captação de água para a produção. E a partir de então
nós começamos a adotar esse modelo que chama telhadão. Como vai funcionar? Eles
farão a implementação da cisterna e a construção do lado de um telhado para
captação da água para a cisterna, de 25 mil litros, a partir disso serão
levados até a família daquele agricultor para implementação de um projeto
produtivo”, relatou.
O secretário frisou que, além da construção das
cisternas, as famílias beneficiadas receberão capacitação de acordo com a
identidade produtiva. “Além disso, a mão de obra para execução também é do
agricultor. Além de beneficiar na captação de água, a gente também vai dar um
incentivo financeiro para as famílias beneficiadas. Elas terão um complemento
de renda. Lógico que isso revertido em ação. É para a utilização de um arranjo
produtivo”, reiterou.
Dos 16 municípios que serão beneficiados com o
Programa Cisternas – Segunda Água, oito estão inseridos no Plano de Ações ‘Mais
IDH’, que já contam com atividades permanentes atinentes a agricultura
familiar. Serão beneficiados: Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Marajá
do Sena, Belágua, Santana do Maranhão, São Benedito do Rio Preto, Humberto de
Campos, Primeira Cruz, Santo Amaro do Maranhão, Paulino Neves, Amarante do
Maranhão, Arame, Buriticupu, Nina Rodrigues ,Presidente Vargas e Cachoeira
Grande.
Geração de renda e justiça social
Além da inclusão social, a construção das cisternas
visa também a inserção econômica das famílias de agricultores do Maranhão. De
acordo com o governador, as cadeias produtivas estão inseridas no conjunto da
economia do estado, já que possibilitam mais renda e participação mais efetiva
dos frutos do progresso. “Ou seja, poderem consumir produtos e serviços no
mercado para todos. E não em um mercado excludente, concentrador, como
infelizmente nós temos até hoje em grande medida no Brasil, e, sobretudo, em um
estado como o Maranhão”, sublinhou.
O governador explicou que o Governo tem investido na
organização das cadeias produtivas, programas de fomento, distribuição de
sementes, feiras de agricultura familiar, feiras de tecnologia para agricultura
familiar, entre outras atividades. “De modo que nós temos um conjunto de ações
em curso que sinergicamente tenho certeza que resultarão no maior dinamismo
dessa importante atividade para o nosso Estado”, completou Flávio Dino.
Fonte: Secap Texto: Rafael Arrais
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