A PGR JUSTIFICOU O ARQUIVAMENTO DO PEDIDO DE
INTERVENÇÃO FEDERAL RECONHECENDO O EMPENHO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO NA
ADOÇÃO DE MEDIDAS QUE VISAM SUPERAR A GRAVÍSSIMA SITUAÇÃO QUE SE APRESENTAVA EM
2014.
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) enviou ofício ao Governo do Estado informando o arquivamento do Inquérito
Civil nº 1.19.000.001653/2013-10, que trata de representação pela Intervenção
Federal no Estado do Maranhão. A investigação foi motivada no ano de
2014, ainda na gestão da ex-governadora Roseana Sarney, devido às condições
carcerárias inadequadas encontradas na Penitenciária de Pedrinhas, com registro
de mortes de vários detentos.
O inquérito civil remetido pela PGR
considerou a situação penitenciária como grave e pediu à Corte Suprema
intervenção no Maranhão para interromper o quadro de agudas violações aos direitos
humanos na Penitenciária de Pedrinhas, nos quais relatados fatos atinentes ao
ano de 2014.
De acordo com o documento, o
arquivamento do processo se deu considerando que houve, nos últimos anos, “uma
melhoria significativa no sistema prisional maranhense, com um avanço
considerável no trato humanitário em relação aos detentos, com maior
observância aos direitos humanos que por muito tempo estiveram esquecidos ou
que foram deliberadamente ignorados no interior dos estabelecimentos prisionais
do Estado”.
O Despacho emitido pela Procuradoria
revela ainda que “houve um controle no número de mortes e de rebeliões dentro
dos presídios, de modo que aquilo que por muito tempo foi uma realidade
rotineira e recorrente no interior das prisões, passou a se dar em eventos
raros e episódicos”.
A PGR justificou o arquivamento do
pedido de Intervenção Federal reconhecendo o empenho do Governo do Estado do
Maranhão na adoção de medidas que visam superar a gravíssima situação que se
apresentava em 2014.
Avanços no sistema prisional
Os avanços no sistema prisional do
Maranhão são decorrentes de uma política de investimentos adotada pelo
governador Flávio Dino desde o início do seu mandato, com o objetivo de
reorganizar a administração penitenciária no Estado, que se encontrava em
situação de caos.
As ações nas áreas de segurança,
capacitação, obras, educação, trabalho e saúde resultaram em redução de 100% de
mortes e 75% de fugas no Complexo de Pedrinhas no ano de 2015. Mais de 3.500
agentes de segurança penitenciária foram formados em Cursos de Capacitação e um
concurso para 100 novos agentes efetivos com mais de três mil inscritos foi
realizado.
Além disso, cinco presídios foram
concluídos em seis meses: Açailândia, Balsas, Imperatriz, Pedreiras e Pinheiro.
Das 1.840 novas vagas propostas como meta para 2018, 51% (946) já foram
entregues. Na área da educação, mais de 800 internos foram matriculados em sala
de aula (11% da população carcerária) e houve aumento de 30% de inscrições de
internos no Enem, em 2015.
Fonte: Secap
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