ENQUANTO A COMITIVA DE MORO É
RECEBIDA COM POMPAS E CIRCUNSTÂNCIAS PELA GESTÃO DE PEDRO PARENTE, QUE USA A
SEDE DA EMPRESA COMO PALCO PARA ENALTECER AS AÇÕES DA LAVA JATO, OS
TRABALHADORES BRASILEIROS SOFREM NA PELA AS CONSEQUÊNCIAS DO DESEMPREGO EM MASSA
E DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO CAUSADOS PELA OPERAÇÃO
DA FUP - Petroleiros
e movimentos sociais realizam na manhã desta sexta-feira, 08, ato em frente à
sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, onde a alta direção da empresa homenageia
o juiz federal Sérgio Moro.
A FUP e seus sindicatos denunciam o desmonte que a
operação Lava Jato causou à indústria de óleo e gás, um dos setores mais
importantes da economia do país. "É preciso, sim, combater a corrupção,
mas sem destruir empregos, nem inviabilizar a indústria nacional", destaca
o coordenador da FUP, José Maria Rangel.
Enquanto
a comitiva de Moro é recebida com pompas e circunstâncias pela gestão de Pedro
Parente, que usa a sede da empresa como palco para enaltecer as ações da Lava
Jato, os trabalhadores brasileiros sofrem na pela as consequências do
desemprego em massa e da desindustrialização causados pela operação. Além de
mais de dois milhões de postos de trabalho que foram fechados no rastro da Lava
Jato, a Petrobrás cortou investimentos estratégicos para o país, privatizou uma
série de ativos e subsidiárias e fez o PIB do país encolher em 2,5%.
Uma
das mais graves consequências desse desmonte é o fim da política de conteúdo
local que o governo Temer, com apoio da atual gestão da Petrobrás, vem
realizando. A Medida Provisória 795/2017, que isenta de impostos até 2040 as
petrolíferas e libera as importações de plataformas, navios, peças e
equipamentos, causará ao Brasil um prejuízo 26 vezes maior do que todo o
montante que a Lava Jato espera recuperar. As consultorias legislativas e de
orçamento da Câmara dos Deputados Federais estima que o país perderá R$ 1
trilhão durante os 25 anos de renúncia fiscal.
Diversos
outros países que também tiveram casos de corrupção envolvendo empresas que são
tão fundamentais para suas economias, quanto a Petrobrás, enfrentaram o
problema, sem comprometer o desenvolvimento econômico de suas nações. É o caso
da Coréia do Sul, que apurou e puniu os crimes de corrupção envolvendo os
executivos da Samsung, preservando os empregos e investimentos da empresa,
cujas atividades são responsáveis por um quarto da economia do país.
Brasil 247
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