Com o tempo passando, a rejeição
aumentando e o percentual de votos caindo até em pesquisas fabricadas
nos porões da TV Mirante, a ex-governadora Roseana Sarney está cada vez
mais indisposta para enfrentar o veredito da população sobre os 50 anos
de domínio da sua família.
As razões para a indisposição de Roseana
são múltiplas. Primeiro que ela nunca teve que se esforçar tanto para
se eleger a todos os cargos que disputou na vida. Desde sua entrada na
política, sempre foi conduzida por seu pai, José Sarney, e por aliados,
que, mesmo sendo tratados com indiferença por ela própria, sempre se
esforçavam pelo chefe da oligarquia na esperança de também serem
amparados pela filha.
Outro fator que sempre pesou nas
eleições de Roseana, mas que agora não farão parte de sua possível
candidatura são os polpudos convênios que eram celebrados com prefeitos,
sobretudo no ano da eleição. Sempre que esteve no poder, a
ex-governadora distribuía muito dinheiro para obter apoio, já que nunca
gostou de se esforçar tanto para conseguir votos.
Outra coisa que já ajudou no passado e
que agora será, inclusive, um entrave para suas pretensões de voltar ao
poder é o apoio do ex-presidente Lula. Muito popular no Maranhão, ele
foi fator determinante para vitórias em que apoiou sarneysistas,
sobretudo a própria Roseana.
Sem todos esses fatores que pesaram
durante anos para Roseana, elegendo-a, inclusive, sem nem mesmo sair de
uma sala de hospital, ela vai ter que suar a camisa para enfrentar um
governador bem avaliado e trabalhador como Flávio Dino.
Como trabalho não faz parte do
vocabulário de Roseana, a disposição dela em disputar o governo mais uma
vez é mínima. Talvez seja por isso que a ‘princesa da oligarquia’ ainda
não tenha dito com convicção que será candidata. Se depender apenas da
sua vontade isso não ocorrerá. O problema é a pressão externa da própria
família.
Resta saber o que pesará para a decisão final de José Sarney.
Blog do Garrone
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