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– O Poder Judiciário, finalmente,
impôs uma derrota ao golpe de 2016, ao impedir a posse de Cristiane Brasil,
filha de Roberto Jefferson, escolhida por Michel Temer para ser ministra do
Trabalho, mesmo tendo sido condenada por não cumprir as leis trabalhistas.
"Em exame ainda que perfunctório, este magistrado vislumbra fragrante
desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade
administrativa, (...) quando se pretende nomear para um cargo de tamanha
magnitude, Ministro do Trabalho, pessoa que já teria sido condenada em
reclamações trabalhistas, condenações estas com trânsito em julgado",
escreveu o juiz Leonardo Couceiro.
De
fato: era esculhambação demais até para a república bananeira em que se
transformou o Brasil. A ação popular foi movida após a denúncia de que
Cristiane Brasil foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com
dois ex-motoristas. O juiz fixou ainda multa de R$ 500 mil em caso de
descumprimento da liminar, segundo informa o G1.
Em seu despacho, o magistrado destaca
que decidiu conceder a liminar sem ouvir os demais envolvidos "encontra-se
justificado diante da gravidade dos fatos sob análise" e que a nomeação de
Cristiane Brasil fere o princípio da moralidade administrativa.
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