Não
se sabe se por má-fé ou falta de entendimento da área econômica, o deputado
estadual Adriano Sarney fez discurso hoje, na Assembleia, alegando que os
números da economia maranhense vão de mal a pior. Citando uma matéria do jornal
Valor Econômico, o parlamentar mostrou preocupação com a situação maranhense.
O
problema é que Adriano Sarney nem se deu ao luxo de ler a matéria completa e
perceber que a projeção realizada pelo site do jornal não leva em consideração
a ajuda do repasse do programa federal de repatriação de recursos ocorrida nos
anos de 2016 e 2017.
Se
somados esses números, o Maranhão apresenta boa situação fiscal, como o próprio
Valor Econômico classificou em matéria de outubro do ano passando, quando
ressaltou que o estado tem proporcionalmente a segunda melhor situação entre
todos os entes da federação no que se refere às despesas com pessoal do Poder
Executivo.
Ou
como atestou estudo do jornal Folha de São Paulo, dando conta que os Estados de
Alagoas, Paraná, Ceará, Maranhão e Piauí foram os únicos cujas contas não se
deterioraram nos últimos três anos. Ainda no início de 2018, jornal O Globo já
havia mostrado que o Maranhão é o segundo Estado que melhor controla os gastos
em todo o Brasil.
Em
dezembro, o Boletim de Finanças divulgado pelo Tesouro Nacional já havia
mostrado que o Maranhão tem saúde fiscal mais sólida do que tinha em 2014. Em
2014, a nota da Capacidade de Pagamento (Capag) do Maranhão era C. Segundo o
boletim do Tesouro divulgado na quarta-feira (6), o Maranhão agora tem uma nota
B, desempenho que vem se mantendo desde 2015.
Segundo
a classificação do Tesouro Nacional, as notas A e B indicam boa situação
fiscal. Já os conceitos C e D sinalizam o contrário. O Tesouro Nacional é um
órgão do Governo Federal. Ou seja, entre 2014 e 2017, o Maranhão passou de uma
situação ruim para um cenário adequado.
Além
disso, em 2017, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro publicou
estudo apontando o Maranhão como o segundo Estado com a melhor situação fiscal
do país.
Portanto,
os dados apresentados por Adriano Sarney são completamente fora da realidade.
Não se sabe é se ele utilizou-os por má-fé ou por desconhecimento.
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