DINO AFIRMOU QUE A FORMA COMO A REUNIÃO FOI
ORGANIZADA FOI BEM DIFERENTE DE ENCONTROS COM OS ÚLTIMOS PRESIDENTES, ONDE
HAVIA MAIOR LIBERDADE DE CONTATO E PARTICIPAÇÃO DOS CONVIDADOS.
O governador Flávio Dino (PCdoB) contou
ao o UOL detalhes do encontro de governadores do Nordeste no Recife.
Primeiramente, sobre a reunião, disse foi “rápida e protocolar”. “Ele não
cumprimentou nenhum de nós, e ninguém teve contato. Fizeram um negócio meio
militarista. Foi uma coisa que chama a atenção, meio atípica. Acredito que eles
têm uma psicose de segurança, não sei o que é. Tinha militar que parecia achar
que haveria uma invasão estrangeira”, brincou.
Dino afirmou que a forma como a reunião
foi organizada foi bem diferente de encontros com os últimos presidentes, onde
havia maior liberdade de contato e participação dos convidados.
“Nós chegamos e ficamos confinados numa
sala. Aí, daqui a pouco, nos chamaram ao local da reunião. Ele chegou, teve
reunião, ele levantou e foi embora”, disse, ressaltando que os governadores nem
sequer foram chamados para a visita ao Instituto Ricardo Brennand ou para a
apresentação de uma orquestra. “Teve essa visita e a apresentação, e só o Paulo
Câmara foi convidado. Eles estabelecem uma distância estranha, eu diria”,
afirmou ao UOL.
Flávio Dino disse também que todos os governadores que pediram a palavra
puderam falar. “Não houve qualquer animosidade, foi um clima tranquilo.”
Questionado sobre como foi o clima da reunião, Bolsonaro afirmou que
havia sido bom e, para “provar”, chamou o governador de Pernambuco, Paulo
Câmara (PSB). “Vem cá, Paulo Câmara, me dá um abraço hétero aqui”, disse,
arrancando risada do anfitrião. “Não tem animosidade; até com o Flávio Dino,
que é do PCdoB, tive uma boa conversa”, afirmou.
Fora os detalhes de bastidores, os governadores saíram satisfeitos do
encontro no que se refere a recursos para financiamento do plano apresentado.
“O ponto positivo foi a apresentação pelos governadores da proposta de que 30%
do FNE seja usado em obras do plano. Porque questionamos: e o dinheiro para o
plano? Precisava de uma coisa concreta. A sinalização do governo foi
simpática”, afirmou Flávio Dino.
Por:
Com informações de (Carlos Madeiro)
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