G1 MA
A
Polícia Civil cumpriu na manhã desta quarta-feira (5) cinco mandados de prisão
temporária e oito de busca e apreensão contra vereadores de Vitória do Mearim,
distante 120 km de São Luís. A operação é de responsabilidade da
Superintendência Estadual de Combate a Corrupção e Organizações Criminosas
(Seccor) e o Ministério Público do Maranhão e apura crimes de corrupção passiva
e associação criminosa.
A operação tem como alvos o presidente da
Câmara de Vereadores, George Maciel da Paz, além de Hélio Vagner Rodrigues da
Silva, Oziel Gomes da Silva, Marcelo Silva Brito, Mauro Rogério, José Mourão
Martins, Raimundo Nonato Costa da Silva e Bena Marcos Rodrigues Pacheco.
Os aparelhos celulares e computadores
apreendidos nas residências do vereadores vão passar por análise no Laboratório
de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro do Ministério Público.
Segundo a Polícia Civil, todos os presos vão ficar
cinco dias no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, mas este prazo
pode ser prorrogado por mais cinco dias "como forma de evitar que eles
destruam ou omitam provas, ou até mesmo influenciem ou ameacem as testemunhas
que serão ouvidas até a conclusão das investigações".
Plano
descoberto
Segundo a investigação,
vereadores do município pediram propina para arquivarem uma Comissão
parlamentar de Inquérito (CPI) contra a prefeita do município, Dídima Maria
Coêlho. Os vereadores teriam pedido a propina ao marido da prefeita, que é o
chefe de gabinete, Almir Coêlho Sobrinho. A CPI teria por base o crime de responsabilidade
da gestora municipal.
Segundo a Polícia Civil, as conversas foram
gravadas pelo chefe de gabinete. Nos áudios, a polícia disse que os vereadores
pedem R$ 320 mil, que poderia ser pagos de forma parcelada. No decorrer das
investigações, a polícia descobriu que outros vereadores iniciaram novas
chantagens no valor de R$ 70 mil. Teve um vereador que chegou a pedir R$ 100
mil.
Almir Coêlho Sobrinho disse em depoimento
aos policiais que além da propina, ele descobriu que os vereadores pretendiam
afastar Dídima Coêlho para que "a vice (Elzir Lindoso) assumisse e pudesse
sacar a quantia correspondente aos royalties da
mineração destinados ao município". O valor chega a R$2,2 milhões.
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