JÁ É A TERCEIRA VEZ QUE POPULARES APREENDE ÔNIBUS ESCOLAR NO MESMO POVOADO.
Estão lá por decisão das mais de 40 famílias do lugarejo que, pela terceira vez, agem desta maneira para tentar sensibilizar a administração pública a fazer esta estrada.
Seu Manoel Salvador nos contou ontem, 7, que a primeira vez foi para que a prefeitura construísse uma ponte, a segunda já foi pela estrada cuja reforma até começou mas eles não gostaram.
“Das primeiras vez garantiu fazer a estrada, aí não veio, tornou prender de novo, aí mandou ajeitar a estrada, ajeitar tá só tapando buraco botando uma pedrinhas aqui acolá, garantiu agora que diz que num vem mais aí foi o jeito privar pra poder fazer a estrada que os meninos tão tudo sem estudar, né”
E não é muita estrada na opinião deles, com certa razão.
“Só cinco quilômetros…O SENHOR ACHA QUE DÁ PRA RESOLVER? Mas, ciÔ, é muito fácil, né, o prefeito tem o maquinário (…) isso aqui nós estamos esperando é ele…MAS ATÉ AGORA? Nada’, esclareceu Raimundo Sousa Fernandes
SEIS MESES SEM TRANSPORTE
Eles estão tentando não sofrer, de novo, por causa de um problema antigo na região – esta estrada fica intrafegável no período de chuvas. Os escolares não chegam a São Luís do Bode, tanto é verdade que 6 dos 9 filhos de seu Antonio de SOUSA Fernandes tiveram o Bolsa Família bloqueado por fala de frequência escolar.
“O inverno todinho sem vir, o primeiro semestre não veio, no começo no início das aulas passou 1 mês sem vim e o benefício, deu problema no benefício, foi bloqueado o benefício (…)e aí nós tamo quase no risco de ter o mesmo problema de novo porque os carros tão preso, os alunos tão sem aula”, afirmou
Só quem consegue algum dinheiro durante a semana para colocar gasolina na moto está levando os filhos pra escola na cidade ou no povoado mais próximo, que fica a seis quilômetros. A maioria dos mais de 30 alunos da região está mesmo é sem frequentar o colégio.
15 DIAS E NADA
Esta semana vai completar 15 dias que os dois ônibus estão apreendidos pelos moradores da comunidade. Até agora ninguém da prefeitura se manifestou, segundo eles, mas, já estão decididos, só vão liberar depois que a estrada for feita.
Foi o que garantiu, por exemplo, o lavrador Raimundo Nonato da Silva Brito
“Não quer porque do jeito que tá no inverno nós vamos ser prejudicado, nossos filhos também porque eles não estudam aí corta o Bolsa Escola, corta tudo (…) E VOCÊS VÃO LIBERAR OS ÔNIBUS? Só quando liberar a estrada, enquanto não fizer a estrada nós num libera não”
EM BUSCA DE RESPOSTA DA PREFEITURA
Nós estivemos na secretaria de Educação. Uma distinta secretária nos levou a presença do chefe de transporte escolar que recusou-se a prestar qualquer informação, nem mesmo a quantidade de alunos transportada na região em questão disse que sabia. Afirmou que só o secretário de Educação poderia falar a respeito.
O secretário não estava. Estamos aguardando nota oficial por meio da Assessoria de Comunicação de Coroatá.
Blog do Acélio Trindade
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