REPORTAGEM DO JORNALISTA MIGUEL DO ROSÁRIO REVELA OS ESQUEMAS ESPÚRIOS DA LAVA JATO E DO EX-JUIZ PARCIAL SERGIO MORO COM OS EUA PARA ROUBAR O DINHEIRO DO BRASIL.
247 - Um diálogo inédito obtido junto aos arquivos da Spoofing, operação da Polícia Federal, e divulgado por Miguel do Rosário n'O Cafezinho revela que o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, tinha consciência de que o acordo que ele havia assinado com autoridades americanas era suspeito, e que trazia, segundo suas próprias palavras, “coisas meio inexplicáveis”
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“Tem coisas meio inexplicáveis mesmo”, admitiu Deltan Dallagnol, em 7 março de 2019, para seus colegas procuradores, sobre o acordo firmado entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e membros da chamada República de Curitiba, revela o jornalista Miguel do Rosário, n’O Cafezinho.
Semanas antes, a Petrobras havia transferido R$ 2,5 bilhões para uma conta no Brasil, que deveriam ser geridos por uma fundação independente a ser controlada pelos próprios procuradores da Lava Jato.
O acordo original assinado com o governo norte-americano não previa criação de fundação alguma, tampouco que os recursos fossem controlados por procuradores da Lava Jato. Determinava que os recursos fossem transferidos para “autoridades brasileiras”, isto é, a União.
O acordo do MPF com autoridades norte-americanas havia sido homologado, em 25 de janeiro de 2019, pela então substituta de Sergio Moro na 13ª Vara de Curitiba, Gabriela Hardt, a juíza que condenou às pressas o ex-presidente Lula (PT), copiando a setença de seu predecessor.
“Na conversa em questão, o procurador-chefe da Lava Jato, que recentemente abandonou o serviço público e agora tenta a vida como youtuber, palestrante e político, sugere ignorar reportagens críticas à fundação. Dallagnol ainda acreditava que a picaretagem poderia passar despercebida do grande público se as críticas ficassem restritas a veículos jornalísticos de menor audiência”, informa Miguel do Rosário.
“Quando constata que ‘veículos grandes’ também estavam interessados no assunto, Dallagnol muda a estratégia, e orienta os colegas a ‘descer a lenha nas críticas’”, continua.
Dallagnol também listou as principais empresas investigadas pela Lava Jato e as respectivas multas definidas em acordos de leniência assinados com o MPF, “dando a impressão que olhava para aqueles valores como outras minas de ouro para financiar seus projetos”, destaca o jornalista.
Diante da repercussão negativa, a Lava Jato desistiu do ambicioso sonho de gerir uma fundação bilionária e o MPF pediu para suspender a iniciativa. Em setembro de 2019, o Supremo Tribunal Federal determinou que o dinheiro fosse transferido à União.
O ministro da Corte Alexandre de Moraes afirmou que o projeto “desrespeitou os preceitos fundamentais da Separação de Poderes, do respeito à chefia institucional, da unidade, independência funcional e financeira do Ministério Público Federal e os princípios republicano e da legalidade e da moralidade administrativas, pois ambas as partes do acordo não possuíam legitimidade para firmá-lo, o objeto foi ilícito e o juízo era absolutamente incompetente para sua homologação”.
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