Parlamentares
reunidos em sessão do Congresso Nacional |
Em
votação específica em painel eletrônico a pedido dos partidos, o Congresso
Nacional derrubou o veto a vários itens do Projeto
de Lei 5638/20, sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de
Eventos (Perse).
Com
a rejeição ao veto, serão inseridos na lei benefícios como:
-
indenização para as empresas do setor que tiveram redução superior a 50% do
faturamento entre 2019 e 2020, limitada ao valor global de R$ 2,5 bilhões;
-
alíquota zero de quatro tributos federais por 60 meses; e
-
participação no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Pronampe) com taxa máxima de juros de 6% ao ano mais a Selic;
-
aumento de 10% para 20% dos recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO) a
serem direcionados ao Pronampe;
-
direcionamento de 3% do dinheiro arrecadado com as loterias administradas pela
Caixa Econômica Federal e com a Lotex para financiar as medidas;
-
prorrogação de validade de certidões de quitação de tributos federais; e
-
prorrogação, até 31 de dezembro de 2021, do Programa Emergencial de Manutenção
do Emprego e da Renda para as empresas do setor.
Esses
itens haviam sido considerados pelo Executivo como sem previsão orçamentária
dentro do teto de gastos.
Auxílio ao setor
O presidente da Frente Parlamentar do Entretenimento e da Cultura,
deputado Felipe
Carreras (PSB-PE), agradeceu ao líder do governo, senador Eduardo Gomes
(MDB-TO), pela derrubada do veto na última quinta-feira (17).
"O governo federal teve humildade e está dando a mão ao setor de eventos, que foi o mais prejudicado e injustiçado na pandemia. A votação pode corrigir e dar um sopro de esperança. Muitos não conseguiram sobreviver à crise, e os poucos que conseguiram precisam da derrubada do veto", disse Carreras.
Felipe Carreras elogiou a derrubada do veto |
O
líder do PT, deputado Reginaldo
Lopes (PT-MG), afirmou que o setor de eventos vai contribuir para a
retomada das atividades econômicas. "Há muitas dificuldades e é
fundamental um programa específico para esta retomada."O senador Eduardo
Gomes destacou a ampliação de recursos para a cultura. "Com a Lei Aldir
Blanc e o Perse, damos mais um passo para fazer da indústria da cultura e do
entretenimento uma indústria forte, com o talento brasileiro sendo exibido em
todas as suas versões. Cancioneiros, cantores de seresta, gospel, todos os
artistas tiveram acesso democrático aos recursos da cultura."
A
deputada Carmen
Zanotto (Cidadania-SC) lembrou da importância das ações culturais nos
municípios, em especial de pequenos eventos.
A
senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) citou dados da Associação Brasileira de
Promotores de Eventos de que o setor deixou de faturar R$ 230 milhões em 2020 e
2021 por causa das medidas restritivas para conter a pandemia de Covid-19.
"Quase
97% das empresas do setor foram afetadas. A derrubada do veto faz justiça a
famílias que ficaram desamparadas", apontou a senadora. Segundo a
entidade, foram cancelados 350 mil eventos em 2020 e 530 mil em 2021.
O
senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também comemorou a derrubada do veto. "Os
primeiros que foram atingidos [pela pandemia] foram as empresas de eventos, e
serão os últimos a sair da crise", alertou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias.
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