ERLANIO LEMBROU QUE O GOV. DO MA ESTÁ INVESTINDO R$ 25 MILHÕES NA FESTA JUNINA, MESMO TENDO PROBLEMAS EM OUTRAS ÁREAS PARA SOLUCIONAR.
A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão abriu diálogo
com o Ministério Público do Estado do Maranhão sobre as decisões que causaram a
suspensão dos festejos juninos em diversos municípios do estado.
O presidente da Famem e prefeito de
Igarapé Grande, Erlanio Xavier, reclama sobre as decisões judiciais provocadas
por ações civis públicas que tiveram como consequência o distrato de vários
procedimentos firmados com a devida transparência e rigor da lei da licitação.
A própria Lei permite claramente a contratação de profissional de qualquer
setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública, o que é o caso
dos artistas nacionais de renome contratados para festas juninas.
“É razoável que o Ministério Público
interfira na defesa dos preceitos constitucionais e a garantia de direitos
estabelecidos pela Carta Magna, mas é necessário que haja clareza e
uniformidade nestas decisões. Assim, temos a situação injusta na qual um
município pode realizar sua tradicional festa junina, movimenta economia, atrai
recursos, e o outro não pode fazê-lo através de decisão judicial tendo a
situação semelhante ao outro. É preciso isonomia”, afirmou.
Erlanio lembrou que o próprio
governo do Estado está investindo R$ 25 milhões na festa junina, mesmo tendo
problemas em outras áreas para solucionar. “Por que se fala que um município
não pode realizar sua festividade pelo fato de carência em outra área da
gestão? Qual o parâmetro? Se considerarmos as carências do Estado, que vive uma
crise no sistema de transporte de ferry boat, muitas estradas estaduais
danificadas, não haveria os gastos em curso com o São João do governo”.
Erlanio Xavier ressaltou o direito à
cultura previsto na Constituição Federal que está sendo usurpado por decisões
que frustram a população que durante dois anos teve que permanecer em
isolamento devido à pandemia da Covid-19.
“Estamos superando um período
traumático para todos. É claro que entendemos o compromisso com as prioridades
da administração pública, mas temos que entender que dentro da razoabilidade
está o lazer e a cultura. A proibição dos contratos na véspera do evento atinge
também os artistas locais, o barraqueiro que gastou comprando seus produtos, o
mototaxista, enfim, todos que contavam com a cadeia da festa junina”, disse
Xavier.
O presidente da Famem manterá agenda
durante a semana com o Procurador Geral de Justiça e com o presidente do
Tribunal de Justiça do Estado para equalizar o posicionamento em relação aos
gastos previstos em orçamento.
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