EM CASO DE DESCUMPRIMENTO, A MULTA SERÁ DE R$ 1 MIL DIÁRIO.
O Ministério Público do Maranhão,
por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís,
ajuizou, no dia 8 de novembro, Ação Civil Pública contra a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF) e a empresa estrangeira InStat Sport TV, contratada
para transmissão online dos jogos do campeonato brasileiro de futebol da série
D.
A ação, assinada pela promotora de justiça Alineide Martins
Rabelo Costa, além de falhas nos serviços de transmissão de jogos do
“Brasileirão – Série D”, constatou constante instabilidade no sinal durante as
transmissões, impedindo que os consumidores pudessem assistir a boa parte das
transmissões.
Outra constatação foi a cobrança de valor bem superior ao
praticado no mercado, inclusive em relação a serviços de maior e melhor
qualidade e procura pelo público (Brasileirão séries A e B), contrariando,
assim, as normas consumeristas aplicáveis ao caso.
“Vale dizer que antes a competição era transmitida pelas
empresas Eleven Sports e TV Brasil, de maneira gratuita, através de plataforma
de streaming. Agora, o serviço é disponibilizado aos consumidores mediante
assinatura com a empresa estrangeira InStat SportTV, no valor de R$ 50 mensais,
valor este que é bem superior aos pagos para se ter acesso aos jogos do
‘Brasileirão – Séries A e B’, ou seja, jogos de categoria superior e que
possuem muito mais visibilidade e desejo por parte do público em geral”,
ratificou a promotora de justiça, na ACP.
PEDIDOS
A ACP lista a CBF como primeira ré que, oficiada a prestar mais
esclarecimentos sobre a situação do contrato, recusou-se a fornecer informações
sobre a empresa contratada, alegando existência de cláusula de
confidencialidade no contrato.
A Confederação informou, ainda, não ter conhecimento sobre a
existência ou não de dados sobre o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
da empresa no Brasil, em síntese, que a prestadora dos serviços, a InStat
SportTV, é quem deveria fornecer maior elucidação sobre o caso.
Da empresa contratada, a ACP requer a concessão da relação de
todos os consumidores que protocolaram reclamação junto a ela, noticiando irregularidades
nos serviços de transmissão de jogos de futebol do “Brasileirão – Série D”.
O MPMA pede ainda, em medida liminar, que seja realizada a
imediata regularização do serviço prestado, com pena de R$ 1 mil diários, em
caso de descumprimento e condenação das rés por dano moral coletivo, a ser
fixada na ordem de R$ 1 milhão.
Redação: André
Soares (CCOM-MPMA)
Nenhum comentário :
Postar um comentário