Juscelino Filho comentou a importância e o
objetivo da realização da Marcha: “Este evento é um momento importante
de mobilização dessas mulheres trabalhadoras do campo e proporciona uma
reflexão sobre as condições de vida delas. É uma oportunidade de
animação, capacitação, de denúncia, de pressão, de diálogo com os
governos e de pedido de atenção para essas mulheres que lutam
diariamente para romper todas as formas de violência e discriminação que
sofrem e que trazem graves consequências à suas vidas.”, destacou.
De acordo com a Polícia Militar, 35 mil
trabalhadoras rurais – ou o dobro disso, segundo os organizadores -,
fizeram uma passeata em defesa da mulher no campo. A marcha acontece
desde o ano 2000 e é organizada pela Contag (Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura) com patrocínio de bancos públicos. Leva o
nome em homenagem à paraibana Margarida Alves, assassinada há 15 anos
enquanto presidente do Sindicato das Trabalhadoras Rurais de Alagoa
Grande. A marcha é reconhecida como a maior e mais efetiva ação das
mulheres da América Latina.
A presidente Dilma Rousseff , que foi
recebida com aplausos e palavras de ordem, disse que o Brasil não vai
retroceder dos avanços sociais e democráticos. “Nos maus tempos da lida
eu envergo, mas não quebro. Margaridas: nós podemos envergar, mas nós
não quebramos. Nós seguimos em frente”, afirmou. A presidente também
afirmou, durante a cerimônia de encerramento, a criação de patrulhas
rurais para combater a violência contra a mulher no campo.
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