O Brasil está diante da eleição mais importante da história, desde a redemocratização do país. De um lado, a luz da democracia e do amor. Do outro, a escuridão da intolerância e da barbárie.
No centro, a população dividida. Parte desta,
inebriada com pregações de ódio e violência. Não estamos, portanto, diante de
simples decisão sobre quem será o presidente pelos próximos quatro anos. Mas, a
escolher entre o caminho da dignidade humana, das liberdades individuais e o
medievalismo das ‘santas inquisições’.
As recentes pesquisas mostram que há
progressivo desencanto com o ‘mito’ da candidatura, que se apresenta como
signatária da antipolítica, do combate à corrupção e à violência. Isto porque
as práticas mostram o inverso. O representante da extrema direita tem se
revelado um político intolerante, enredado em denúncias de corrupção, caixa
dois e defensor da violência e da tortura.
A pregação do ódio aos opositores e morte,
inclusive de inocentes, estarrece o país e o mundo. Quem em sã consciência
seria capaz de utilizar o voto para autorizar um presidente da República a
torturar e matar seus semelhantes?
Ainda mais contraditório é tentar associar a
violência, misoginia, racismo, homofobia, intolerância, guerra, armamento com a
mensagem de amor, da coexistência e da paz deixada por Jesus para a humanidade.
Decerto, o filho de Deus feito homem condenou
práticas imorais e a corrupção. É verdade! Contudo, o fez convertendo estes por
meio do amor e do perdão. Foi assim com a mulher que seria apedrejada por
adultério, com os cobradores de impostos, entre outros tantos exemplos. “Aquele
que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. (…) Nem
eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.” Sábias palavras, que ecoam por
séculos, milênios.
Jesus não pregou a extinção, mas o respeito
aos diferentes. “As pessoas saudáveis não precisam de médico, mas sim os
doentes. (…) Pois eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.” (Mateus 9:12,
13)
É preciso dizer não à ameaça à democracia no
Brasil, aos direitos humanos e às liberdades individuais. Valorizar as famílias
é assegurar igualdade de direitos e oportunidade para todos e todas, moradia
digna, educação gratuita e com qualidade, acesso à saúde.
O futuro do nosso país depende de cada um de
nós. É auspicioso ver que eleitores indecisos e propensos em votar em branco
e/ou nulo começam a entender que se omitir do processo é fortalecer os ideais
odiosos e intolerantes, que ameaçam a dignidade humana.
Dos mais brilhantes líderes da história,
Nelson Mandela afirmou que “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua
pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar as pessoas precisam
aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar”.
É preciso refletir sobre tudo isto na hora de
votar. Não podemos ser cúmplices, nem compactuar com a morte da esperança numa
nação melhor e mais justa para esta e as próximas gerações. É o destino de mais
de 200 milhões de brasileiros que está em jogo. O amor vencerá o ódio!
Robson Paz
Radialista, jornalista, Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova 1290 Timbira AM.
Radialista, jornalista, Secretário adjunto de Comunicação Social e diretor-geral da Nova 1290 Timbira AM.
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