A POLÍTICA EDUCACIONAL, DURANTE
MUITO TEMPO, FOI TRABALHADA APENAS COMO “CULTURA DE PROCESSOS”. AS
CARACTERÍSTICAS DO SÉCULO XXI, CONTUDO, EXIGEM A BUSCA POR UMA “CULTURA DE
RESULTADOS.
A Gestão por
Resultados é um modelo de administração que utiliza mecanismos de planejamento
e execução, com o objetivo de implementar e operacionalizar os processos com
eficiência. Seus estágios são: o planejamento, a implementação, o monitoramento
e a avaliação. Este movimento é cíclico, o que favorece ajustes ao projeto
inicial, seja para a sua melhoria ou mesmo para ampliar seu alcance.
Isto ocorreu no âmbito do Programa Escola Digna que, após
a avaliação dos resultados da primeira etapa, teve, como definições dadas pelo
governador Flávio Dino, a ampliação de ações para atender melhor as demandas do
ensino médio e a instituição do Pacto Estadual pela Aprendizagem, diretrizes
apoiadas na concepção de Gestão por Resultados e irão favorecer a efetivação do
percurso escolar dos mais de 1,4 milhões de estudantes do Maranhão.
A política educacional, durante muito tempo, foi
trabalhada apenas como “cultura de processos”. As características do século
XXI, contudo, exigem a busca por uma “cultura de resultados”. Não há que se
falar, por outro lado, em eficiência e resultados, sem falar de democracia. Na
“gestão democrática por resultados”, o que se pretende é a promoção da
participação de todos, sustentada na concepção de que o planejamento é um
processo político, pois envolve decisões e negociações acerca de escolha de
objetivos e caminhos para concretizá-los, como nos fala Paulo de Sena Martins.
Decerto, é necessário reconhecer que só chegamos nesta
forma de entendimento por dois motivos: primeiro, pela clareza de que educação
é construção dedicada e pautada no enfrentamento das desigualdades sociais; e,
segundo, pelos frutos do Programa Escola Digna, que, hoje, são insumos para uma
agenda educacional que contemple acesso, permanência e conclusão da trajetória
escolar.
É adequado afirmar, então, que o modelo de gestão
democrática por resultados, que fortaleceremos na rede pública estadual,
buscará promover a concretização da aprendizagem, não se restringindo à
abertura ou requalificação de espaços para que todos tenham acesso, mas
perseguindo, também, a qualidade, que será expressa num bom fluxo do
planejamento, da sua execução, do monitoramento das metas e da avaliação dos
resultados alcançados por cada escola.
No ensino médio, essa qualidade está pautada em uma agenda
que envolve o protagonismo juvenil, a ampliação das matrículas em tempo
integral e a valorização docente, sobretudo, a partir da formação continuada.
Já, no regime de colaboração, ampliaremos a assessoria técnico-pedagógica aos
217 municípios, apoiando as prefeituras na qualificação da educação infantil,
etapa na qual o Estado avançou nos últimos quatro anos, conforme aponta o
relatório de monitoramento do Plano Estadual de Educação.
Muitas escolas públicas do Maranhão, sejam estaduais ou
municipais, já acumulam boas práticas e experiências exitosas de gestão
democrática. Porém é imprescindível uma ação em rede, articulada o suficiente
para termos, em nosso Estado, uma política de educação territorial, assumida
por gestores corresponsáveis e motivados pela elevação dos índices
educacionais, a partir de ações que se comuniquem, efetivamente, com as
realidades vividas nas salas de aula.
Longe de questões extraordinárias, somos da crença na
necessidade perene de transformação, refletida em um planejamento que muda
quando os resultados apontam que precisamos nos aprimorar.
Como Mário Quintana, apreciamos a poética das pequenas
coisas e comemoramos cada avanço obtido, às vezes julgado até irrelevante por
alguns quando ouvimos: “Onde está a obra estruturante da educação?”,
respondemos: a obra está na consciência de que a educação, direito fundamental
inalienável, deve ser construída de maneira criativa, dialógica e com
persistência. A gestão democrática por resultados, certamente, traduzir-se-á na
formação de milhares de cidadãos e cidadãs maranhenses para o mundo.
De fato, não é possível colocarmos uma placa neste feito,
mas nosso futuro já foi inaugurado. É certo e inegável que a educação do
Maranhão chegou, finalmente, ao século XXI!
Felipe Costa Camarão
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg96QIhAavrxFrxHbpAuCI-6G31XH7ctR7DBVSvzpCTpG11x7aLOrjxjEjIN9Xcgz3MWBW3q4mW7-mb4DtoJsCO-KmEZ_lxqLx1zxumaR3jSMLws5999Npmg-gOam8s-aISxw4GMSTsltGe/s320/JRD_9816-1-300x261.jpg)
Professor
Secretário de Estado da Educação
Membro da Academia Ludovicense de Letras e Sócio do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg96QIhAavrxFrxHbpAuCI-6G31XH7ctR7DBVSvzpCTpG11x7aLOrjxjEjIN9Xcgz3MWBW3q4mW7-mb4DtoJsCO-KmEZ_lxqLx1zxumaR3jSMLws5999Npmg-gOam8s-aISxw4GMSTsltGe/s320/JRD_9816-1-300x261.jpg)
Nádya Christina Guimarães Dutra
Pedagoga Mestranda em Educação
Secretária Adjunta da SEDUC e Coordenadora do Fórum Estadual de Educação do Maranhão.
Seduc MA
Pedagoga Mestranda em Educação
Secretária Adjunta da SEDUC e Coordenadora do Fórum Estadual de Educação do Maranhão.
Seduc MA
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