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O presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão
(Famem), prefeito Cleomar Tema, mostrou-se preocupado com as últimas notícias
sobre a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, após divergência do
governo de Cuba com as novas diretrizes adotadas pelo presidente eleito Jair
Bolsonaro.
Para Tema, a substituição dos médicos cubanos não será uma
tarefa das mais fáceis para o Governo Federal, visto que o Maranhão possui uma
grande carência desses profissionais, além do que poucos querem se submeter a
morar nos povoados das pequenas cidades para cumprir carga horária de 40h e
ganhar R$ 10 mil de salário.
“Caso o MS não encontre uma estratégia imediata para suprir
essa carência deixada com a iminente saída dos cubanos, os municípios maranhenses
vão enfrentar sérios problemas, dentre os quais: a elevação significativa dos
custos de contratação de novos médicos e a custos mais altos em função da baixa
oferta desses profissionais; dificuldade de cumprimento da carga horária
exigida pelo MS expondo os gestores as auditorias do DENASUS e as consequências
decorrentes destas, dentre outros já de amplo conhecimento dos gestores
maranhenses”, enfatizou o presidente.
O déficit de médicos relatado pelo por Cleomar Tema é
confirmado pela pesquisa “Demografia Médica 2018”, do Conselho Federal de
Medicina-CFM.
A mesma informa que para o atendimento de uma população de 7
milhões de habitantes, o Maranhão tem apenas 6.096 médicos, o que dá uma
proporção de 0,87 profissionais por mil habitantes, sendo esta a menor
proporção do país entre os estados.
A média recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde)
é de um médico para cada 1.000 habitantes.
Tema finalizou dizendo que pedirá a inclusão do assunto na
pauta municipalista que será debatida na capital federal no dia 19/11, durante
evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
O encontro contará com a presença do presidente Michel
Temer; membros da equipe de transição de Jair Bolsonaro; além da presença de
milhares de prefeitos de todo o Brasil.
Criado em 2013, o programa Mais Médicos ampliou a
assistência médica nos municípios, reforçando o atendimento regular nas
Unidades Básicas de Saúde e na composição das equipes da Saúde da Família.
No Maranhão, 2,4 milhões de pessoas são beneficiadas com o
trabalho dos 710 profissionais do programa, onde mais de 450 são cubanos.
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