“AOS POUCOS, ESTAMOS CONSEGUINDO TRANSFORMAR EM MELHORIA DE
VIDA AS RIQUEZAS QUE O MARANHÃO PRODUZ, EVITANDO QUE ELAS SE PERCAM NA
CONCENTRAÇÃO NAS MÃOS DE POUCOS, QUE É O MAIOR PROBLEMA BRASILEIRO: A OBSCENA
DESIGUALDADE”, DIZ O GOVERNADOR.
Nesses 4 anos de governo, que agora se encerram,
procurei sempre plantar sementes de solidariedade com o próximo, valor cada vez
menos cultivado nos dias de hoje, em que para alguns impera o “cada um por si”.
Neste Natal, a que mais uma vez chegamos, temos
tempo para reflexão sobre nossos valores. Em um ano em que se pregou tanto a
intolerância com os diferentes e a indiferença com os mais pobres é essencial
olharmos o exemplo de Cristo. Em várias passagens da Bíblia, Jesus pregou para
pessoas discriminadas e agredidas moralmente e até fisicamente.
Perguntando pelos seus discípulos sobre qual era o
maior dos mandamentos, Jesus respondeu que toda a Lei divina baseava-se em dois
fundamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo”
(Mateus, 22). Ensinamento que o Papa Francisco traduz como “os verdadeiros
tesouros da vida: Deus e o próximo.” O Papa nos convida a “subir até Deus e
descer até os irmãos: eis a rota indicada por Jesus”.
Solidariedade, justiça e paz são valores que
coexistem em harmonia no cristianismo. Daí a sapiência das palavras bíblicas
quando o profeta Isaías (32,16) lembra que “o direito habitará no deserto e a
justiça viverá no campo fértil”. Ou seja, mesmo no deserto, onde não há nada,
há de caber a cada um o que lhe é de direito. E no campo, onde há fartura, os
frutos devem ser distribuídos de forma justa. Pois “o fruto da justiça
semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz” (Tiago 3,18).
No meu cotidiano, busco fazer dessa fé a inspiração
maior para minha vivência. Trabalho todos os dias para construir um Maranhão
melhor, com justiça e dignidade que garantam os direitos de todos,
especialmente dos que menos têm. A construção dessa nova realidade é árdua,
pois partimos de um patamar muito baixo, fruto de décadas de egoísmo presidindo
o poder político.
Aos poucos, estamos conseguindo transformar em
melhoria de vida as riquezas que o Maranhão produz, evitando que elas se percam
na concentração nas mãos de poucos, que é o maior problema brasileiro: a
obscena desigualdade. Essa é a herança anticristã sobre a qual devemos meditar
e orar. E contra a qual devemos lutar, para encontrar a paz.
Neste final de ano, olhando para trás, tenho
profunda gratidão, em primeiro lugar a Deus. Mas também sou muito grato a todos
que me deram a alegria de governar o nosso Estado por 4 anos. E que agora
renovaram as suas confianças. Agradeço aos que me ajudam nessa tarefa
cotidiana, especialmente à equipe de governo e aos milhares de servidores
públicos.
Feliz Natal a todos.
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