Bolsonaro e seu filho Flávio no aniversário dos PMs presos por extorsão e formação de quadrilha. "Essa família é nota mil". Foto: Reprodução - Instagram Flávio Bolsonaro. |
A prisão dos irmãos
gêmeos Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, policiais militares que participavam
de agendas da campanha do deputado estadual Flávio Bolsonaro, candidato ao
Senado pelo PSL do Rio e filho do presidenciável Jair Bolsonaro, causou
mal-estar no partido. Um dos motes dos Bolsonaro é o suposto enfrentamento dos
criminosos.
Os PMs estão entre os 46 suspeitos que tiveram prisão
decretada na Operação Quarto Elemento, deflagrada pelo Ministério Público
Estadual em 30 de agosto, que investiga uma quadrilha de policiais
especializada em extorsões. Nas últimas semanas, eles acom- panharam Flávio
dando apoio de segurança nos eventos de campanha.
Segundo denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), a quadrilha extorquia dinheiro de pessoas em
situação ilegal. De acordo com o MP, os gêmeos eram sócios em um loteamento
irregular na zona oeste e são suspeitos de constituir, integrar, financiar e
promover organização criminosa.
A dupla se aproximou do parlamentar por meio da irmã,
Valdenice de Oliveira Meliga, uma das assessoras do filho de Bolsonaro e
tesoureira do PSL no Rio. Atualmente, ela ocupa cargo de confiança na liderança
do partido e fica lotada no gabinete do deputado estadual. Em junho, recebeu
salário de R$ 6.490,00.
Na terça-feira (4), Flávio negou, pessoalmente e por nota,
que os irmãos integrassem a sua campanha. Já Valdenice afirmou que os dois
atuavam como voluntários nas agendas do deputado estadual.
Em foto postada em uma rede social, Flávio e Jair
Bolsonaro aparecem na festa de aniversário dos policiais, no bairro de Campo
Grande. Datada de 1º de outubro de 2017, a legenda diz: “Parabéns Alan e Alex
pelo aniversário. Essa família é nota mil”.
Outros três policiais denunciados na Operação Quarto
Elemento foram homenageados por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do
Rio. Os PMs Leonardo Ferreira de Andrade e Carlos Menezes de Lima e o policial
civil Bruno Duarte Pinho receberam “Moções de Louvor e Congratulações” por
“serviços prestados à sociedade”.
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