segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

GLOBO VOLTA A BATER E APONTA CONTRADIÇÃO DE FLÁVIO BOLSONARO

A APURAÇÃO  APONTA QUE NA ESCRITURA, O PAGAMENTO DE R$ 550 MIL ACONTECEU TRÊS MESES ANTES DAS OPERAÇÕES CONSIDERADAS ATÍPICAS PELO COAF. OS OUTROS R$ 50 MIL FORAM PAGOS EM AGOSTO, EM CHEQUES NO ATO DA ESCRITURA.
Reuters/Reprodução Globo
247 - De acordo com apuração dos jornalistas Arthur Guimarães e Paulo Renato Soares, do Jornal Nacional, a data da escritura registrada pelo senador eleito Flávio Bolsonaro diverge em três meses do período que fez os depósitos em dinheiro apurado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). 
A escritura registra que Flávio Bolsonaro recebeu dois imóveis e mais R$ 600 mil pela venda de um apartamento. Ele disse que parte do sinal dessa compra foi paga em espécie e que depositou esse dinheiro na conta dele, entre junho e julho de 2017. O comprador, o ex-atleta Fábio Guerra, confirma que pagou cerca de R$ 100 mil em dinheiro vivo.
A apuração do Jornal Nacional aponta que na escritura, o pagamento de R$ 550 mil aconteceu três meses antes das operações consideradas atípicas pelo Coaf. Os outros R$ 50 mil foram pagos em agosto, em cheques no ato da escritura.
O documento aponta ainda que, em 2017, ele fez uma permuta com Fábio Guerra e a mulher, Giordana Vinagre de Farias Guerra, dando o imóvel de Laranjeiras pelo valor de R$ 2,4 milhões em troca de um outro apartamento no bairro da Urca, também na Zona Sul do Rio; uma sala de escritório na Barra da Tijuca, na Zona Oeste; e mais R$ 600 mil.
Em entrevista ao JN, Guerra confirmou os pagamentos em dinheiro, mas apesar do montante, ele diz que não se recorda dos valores. "A média foi isso ai. Não posso falar ao certo, porque de repente foi 70, 80, foi 120, 110 [mil reais], entendeu, mas a média foi isso ai mesmo. O resto foi tudo depósito", disse.
"A escritura, no entanto, diz que os R$ 600 mil foram pagos da seguinte uma forma: R$ 550 mil a título de sinal, em 24 de março de 2017; 5 cheques que somaram R$ 50 mil, em 23 de agosto de 2017", diz a reportagem.
Confira a íntegra da reportagem no G1.

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