PARA CARLOS LULA, A CÂMARA FEDERAL E O SENADO PRECISAM SER
PROVOCADOS PARA DISCUSSÃO DE INVESTIMENTOS PARA O COMBATE À PANDEMIA NO ÂMBITO
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.
Para Carlos Lula, a Câmara
Federal e o Senado precisam ser provocados para discussão de investimentos para
o combate à pandemia no âmbito do Sistema Único de Saúde. “Os novos presidentes
da Câmara e Senado precisam ser pautados para discussão do assunto na área
econômica. O Governo Federal, em razão da bomba fiscal do ano passado, está com
um pé atrás. A gente está num dilema, há um recrudescimento muito forte da
doença e esta nova variante torna tudo muito mais grave”, relatou.
Em meio à segunda onda, as
secretarias de saúde aguardam a habilitação de 1.989 novos leitos de UTI, a
prorrogação de custeio para outros 257 leitos ativos e o recurso para 780
leitos já aprovados pelo Ministério da Saúde, mas pendente de disponibilidade
de custeio. Ou seja, em 2021, até o momento, nenhum estado ou município
conseguiu recurso do Governo Federal para custear os leitos novos ou prorrogar
o recurso dos leitos ativos.
Desde dezembro do ano passado,
o Ministério da Saúde começou a desabilitar os leitos, mesmo ativos para
Covid-19. No momento, a rede de saúde da gestão estadual do Maranhão conta
apenas com os leitos do Hospital Macrorregional de Caxias e do Hospital de
Campanha de Pedreiras com investimentos da União.
A Secretaria de Estado Saúde
aguarda resposta do Ministério para o pedido de retorno do custeio dos leitos
ativos para casos da Covid-19 no Maranhão. A solicitação pede habilitação dos
leitos de UTI das seguintes unidades: Hospital de Cuidados Intensivos, Hospital
Dr. Carlos Macieira, Hospital Dr. Genésio Rêgo, Hospital Dr. Raimundo Lima; bem
como dos hospitais macrorregionais e regionais localizados nas cidades de
Presidente Dutra, Bacabal, Timon, Imperatriz, Pinheiro, Santa Inês e Hospital
Lago da Pedra. Além destes, somente este mês o Governo do Maranhão abriu 22
leitos de UTI, para os quais também houve solicitação de custeio federal.
No momento, apenas 15 leitos de
UTI são custeados pela União e os demais são mantidos, exclusivamente, com
recursos do tesouro estadual.
“O pedido não é só para leitos;
nosso ponto é para todos os investimentos que as secretarias precisam para
enfrentar a nova fase da pandemia. Isto é, compra de testes diagnósticos, uma
campanha nacional de comunicação para alertar os brasileiros quanto a adoção de
medidas preventivas, a vacinação sem intervalos e o financiamento pós-guerra.
Não dá para sair de um orçamento de guerra para o mesmo orçamento de 2019. O
SUS necessita de um orçamento de pós-guerra. A pandemia estará presente ao
longo de todo este ano”, alertou Carlos Lula.
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